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Vendas imobiliárias se mantêm e lançamentos caem no ano, informa CBIC

Mesmo com aumento nominal, tíquete médio ainda está 2% abaixo do INCC acumulado até setembro Um total de 225 mil unidades residenciais foi v...

Foto: Emerson Tormann

Mesmo com aumento nominal, tíquete médio ainda está 2% abaixo do INCC acumulado até setembro


Um total de 225 mil unidades residenciais foi vendido de janeiro a setembro em 199 municípios, incluindo as 27 capitais – praticamente o mesmo número que nos nove meses do ano passado (+0,1%). Já o valor das vendas totalizou mais de R$ 105 bilhões, um aumento nominal de 14,4% ante os R$ 92 bilhões do mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados em 10 de novembro pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, destacou que essa elevação se confirma com o aumento de 15% no preço dos imóveis no período.

“O tíquete médio de lançamentos e vendas aumentou bastante, mas mesmo no preço do imóvel, estamos com uma defasagem de praticamente 2% em relação ao INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) acumulado. Isto pode demonstrar um equilíbrio entre o INCC e preço aparecendo a partir do quarto trimestre deste ano”, afirmou Petrucci.

“O aumento do custo dos imóveis mostra que o mercado começou a absorver, no preço, a elevação do custo dos insumos. Isso resultou na redução da venda de imóveis menores e no aumento de imóveis de maior valor”, comentou José Carlos Martins, presidente da CBIC.
 
Lançamentos

De acordo com a pesquisa realizada pela CBIC e pelo Senai Nacional, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, houve uma queda de 17,3% nos lançamentos do 3º trimestre, na comparação com o mesmo período de 2021. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a queda foi de 2,3%. De janeiro a setembro deste ano, a queda acumulada em unidades lançadas foi de 8,5%, em comparação com o ano passado.

No 3º trimestre, a região que mais lançou unidades residenciais foi a Sudeste (39.194), mas apresentou 1,2% de queda em relação ao trimestre anterior. A região Sul contou com 11.360 lançamentos e apresentou 9,8% de queda no comparativo com o 2º trimestre. A região Nordeste teve 8.747 unidades lançadas e teve queda de 8,8%. A região Centro-Oeste lançou 4.288 e apresentou queda de 4,5%. A região Norte lançou 3.130 unidades e foi a única a registrar aumento no período (57,6%).

Marcos Kahtalian, sócio-fundador da Brain, observou que, “com essa elevação do tíquete médio, foram lançadas menos unidades, porém com maior valor. Inclusive, resultando na redução do volume de unidades do Casa Verde Amarela (CVA) e impactando no número de unidades total.”
 
Resiliência nas venda

Segundo Martins, o resultado das vendas poderia ter sido melhor se o terceiro trimestre tivesse registrado expansão nos lançamentos, o que não ocorreu. O fato impactou o volume de vendas, refletindo no recuo de 2,9% no número de unidades vendidas no 3º trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior.

“É notável a resiliência em unidades vendidas, pois mesmo tendo menos lançamentos, conseguimos manter uma notável estabilidade de unidades vendidas”, disse o presidente da CBIC.

Apenas as regiões Nordeste e Norte apresentaram alta nas vendas neste trimestre em comparação com o período anterior. O Nordeste teve 13.657 vendas e chegou a 11,4% de aumento em relação ao 2º trimestre. O número de unidades vendidas na região Norte foi de 2.339 e representou uma alta de 9,2%. Centro-Oeste teve cerca de 4.469 vendas e queda de 22,6%. Com queda de 4,6%, o Sudeste teve 36.816 unidades vendidas e o Sul chegou a 13.969 vendas e baixa de 9,1%.

A oferta final teve queda de 1,9% no 3º trimestre em comparação ao trimestre anterior. Com o estoque atual, considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, a oferta final se esgotaria em 10,2 meses, se não houvesse novos lançamentos.

“Nós continuamos muito bem, o que aconteceu no 3º trimestre foi o fenômeno de termos aumentado o volume de dinheiro e de financiamento e não o volume de unidades, exatamente pela incapacidade de muitas famílias poderem adquirir imóveis”, afirmou Martins.
 
Queda no Casa Verde e Amarela

O programa habitacional Casa Verde e Amarela registrou queda de 17,6% nas vendas no 3º trimestre, em relação ao mesmo período de 2021. Nos nove meses de 2022, as vendas foram 9,3% mais baixas. O CVA representava, no 3º trimestre de 2021, 47% do total de unidades vendidas e neste trimestre de 2022 baixou a 40% do total.

Os lançamentos do programa caíram 27,9% no 3º trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021. Foram 22.864 unidades lançadas e representam 34% do total.

Segundo Petrucci, o último trimestre deste ano deve apresentar a reação das mudanças no programa Casa Verde e Amarela. Contudo, destacou, é preciso ponderar os efeitos do período eleitoral e da Copa do Mundo, que acabam afetando o ritmo do mercado.

“Até o mês de setembro ainda não sentimos nos nossos índices uma retomada do programa Casa Verde e Amarela como a gente gostaria. Acredito que a partir deste trimestre vamos começar a perceber essa retomada. Mas também precisamos considerar esses fatores circunstanciais. Então, acreditamos que o último trimestre de 2022 vai apresentar um desempenho mais modesto, mas bastante satisfatório”, apontou. Com informações de Rafael Marko | Sinduscon SP

Veja a apresentação.

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